terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vida de Frango



  Eram 4 horas da manhã, abri meus olhos e com a visão embaçada me sentia triste pelo meu sono ter acabo juntamente com meu sonho, onde ciscava em um terreiro, uma sensação de liberdade hormonal, com minhas asas não podadas e meu organismo limpo, podendo simplesmente perambular pelos arredores, tirar a minhoca fujona da terra e tudo mais que eu quisesse fazer.
  Minha visão volta ao normal e novamente a minha rotina esta de volta, presa em uma cela de nó máximo 30 centímetros quadrados, sem ao menos ser uma ave do crime. Se pelo menos eu tivesse bicado o meu dono!? Se pelo menos eu me recusasse a botar!? Não, eu estava ali sem poder me mexer, o meu corpo dói em sua totalidade, o meu cérebro não entende mais nada, os hormônios estão corrompendo todo meu organismo e já não sou o que sou.
  Logo chega o capataz e virá a confirmar as minhas estatísticas de máquina que agora sou, a comida entra pelo bico e o ovo deve  sair pela culatra. Quando alguns dos meus ovos são “cuidadosamente” selecionados para serem frangos, a tristeza me consome de vez, os que nascem com uma simples pena distorcida, vão com vida ao lixo, incinerador ou coisa que o valha. Deus que gente é essa que me deixa aqui por toda a minha vida, nestes 30 centímetros quadrados, onde não posso nem ao menos virar meu pescoço de lado.

Algumas companheiras estão perdendo a cabeça, elas estão comendo umas as outras, dizem que é devido ao strees, elas não sabem o que dizem, estressados são os humanos que tem tanto trabalho com a gente. O canibalismo era coisa que nunca pensei em ver entre a nossa espécie tão pacífica e com vida social tão bacana não é? E fico aqui com minha filosofia de galinha máquina chocadeira, pensando na palavra “humano”, “humanismo”, em como isso me surpreende quando o ser humano diz que quando em tal situação é necessário se ter mais “humanismo”, meu Deus o que eles fazem com eles mesmos quando usam esse tal de “humanismo”? Deixam as pessoas à vida toda em trinta centímetros quadrados? 

  Fiquei sabendo de um pessoal que tem uma vida pior que a minha e que os humanos comem sua carne e cobram bem mais caro que a minha por ai... é eu ouvi o capataz daqui comentar com amigos outro dia. Ele fica no escuro, numa cela fria de chão batido, é obrigado a comer o dia inteiro feito á gente e morre novinho novinho coitado. Parece que eles o chamam de “Vitela”, ou para o “ser humano” “Carne de Vitela”. Às vezes acho que esses “seres” não são daqui deste planeta e vieram apenas sugar toda a vida dele.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A história de Allah-Bilama - Introdução

Estavamos todos nós amigos de sempre e adolescentes na época, reunidos felizes da vida, quando um "tiozão" hippie, chegou e nos contou uma história bem loca que descrevo abaixo para vocês. E é lógico que coloquei um pouco de romantismo no texto para dar um pouco mais de emoção, acredito que meus amigos gostarão de ver este texto ai de baixo! Boa Leitura e Abraço a todos...

Dario Venturi Filho

A história de Allah-Bilama


 A história de Allah-Bilama


  Não havia nada, nem céu, nem universo, nem vida e nem morte, muito menos bem e mal, ausência do tudo como um todo de nada é o que tinha, um vácuo sem fim. E era ali que vivia o Mestre do seu nada, no vácuo, no nada, sempre flutuando e vagando pelo rol da ausência eterna.
Barba e cabelos se estendiam por proporções infinitas, o tempo não existia também, e todos os parâmetros obsoletos de tempo e espaço jogados num mar de simples pensamentos dentro de sua cabeça sonolenta e genial, seu corpo magro, quase esquelético carregava as roupas com as quais nascera, o velho manto de luz violeta, que apenas ornava e não o protegia de frio, calor ou coisa que o valha pois nada disso havia ali. Vagava pelo nada infinito tempos após tempos, milhares de anos terrestres, eram o que seriam apenas minutos de um dia de vida do Mestre e assim era sua existência, a existência da única coisa que havia, o Mestre do nada.
  Nasceu da explosão, não se sabe de que, viu a luz, a Grande Chama Violeta o trouxe ao nada, foi e não voltou, apenas o deixou lá, já nasceu velho de aparência anciã, e estes eram os fatos que o fazia vagar e pensar sobre o que era aquela chama, o que foi a explosão, o que era ele próprio e para que sua existência dentro de um marco zero infinito. Conflitos existenciais não faltavam para o Mestre, o pensamento do nada e da não existência sempre lhe afligiu, sempre esperara o surpreendente encontro de algo, alguma substancia, matéria de qualquer espécie cuja qual ele desconheceria certamente a utilidade, proveniência e toda e qualquer informação, nunca vira nada a não ser ele próprio e sempre vagava no vácuo a procura de algo, para fim de companhia ou distração dentro do nada infinito, alguma coisa que parasse com a obrigação de ser a única coisa que lhe restava ser, um filósofo, pensador, o Mestre do Nada. Pensamentos lhe invadiam a alma, perguntas lhe surgiam sem respostas, assim aprendeu a responder por ele mesmo, como lhe parecesse certo, certo de que não havia também a medida do certo, não se sabia, com ele havia a esperança da certeza e um turbilhão de pensamentos.
 
***


  O sentimento de revolta era comum, nada havia por fazer, apenas pensar sobre as pequenas coisas que tinha na memória, digerir e remoer seus pensamentos vagos sobre o nada, nascimento e vida era o que tinha em mãos para aqueles momentos. A esperança era arma forte para situações daquele tipo e o Mestre se guiava pelo vácuo com a luz da esperança, sim a esperança de haver algo, pelo menos um futuro que lhe mostrasse e ensinasse sobre as coisas que podem haver, bradava dentro do vácuo sua indignação e ira: _ “Não há nada aqui, apenas eu e minha roupa de luz, o que sou então?” A luz emanava de seu corpo quando irado, iluminando o nada e assim percebeu que sua luz podia expandir-se de maneira intensa como a um sol e isso o fez parar, parou e pensou por muito, muito tempo.
  Pensou tanto, o que seria essa luz? Viu que era bom, podia ver o nada iluminado e assim saiu vagando novamente em sua busca ao meio do nada eterno, se agarrou a uma direção e foi, a esperança sempre ao lado lhe guiando pela mão e sempre na mesma direção e pensando: “O nada dever ter um fim, eu existo e sou o seu Mestre, assim sendo chegarei ao fim.”
  Em sua busca sem fim, pelo nada eterno, vagava, procurando na mesma direção algo que lhe dissesse a finalidade, do sentido, o porque e causa de existência de um único ser brilhante e poderoso. Já cansado parou. Pensou. Descansou o corpo e fechou os olhos, entrou em um sono profundo por um momento de quase eternidade e ali ficou, estático, flutuante em seu repouso de Deus do Esmo.
  Abriu os olhos vagarosamente, olhou para a direção a seguir e prosseguiu para seu desconhecido e angustiante destino, foi quando de muito mas muito longe, viu uma pequena luz a frente e seu sorriso fez-se frenético, alucinadamente e eufórico, aumentou a velocidade das passadas esvoaçantes, seu coração batia forte e a alegria o tomara de maneira tão intensa que foi assim que soube de sua existência, as mãos ajudavam as pernas a abrir caminho dentre ao vazio, sentiu um líquido lhe percorrendo a face que emanava dos olhos, e os sentimentos lhe invadiam o corpo lhe dando um choque e novas sensações que antes era de total desconhecimento, ia ele em direção à luz, desesperado pela sede de conhecimento para que assim matasse todas as curiosidades, e talvez a solidão que sempre lhe foi forçada parceira e desta sempre teve conhecimento. As perguntas povoavam sua mente, várias delas cada qual com a sua devida pertinência, e a esperança lhe dava a certeza de que agora haveriam muitas respostas.
  Ao se aproximar da luz, viu diminuir sua intensidade e assim a coisa tomara forma, e pode concluir que se tratava de uma planície, um solo, um espaço, um espaço pequeno para ele, porém de proporção gigantescas para o homem comum. Era um espaço plano e aberto que ele pode comprovar a distancia e assim resolveu checar de perto. Com todo o seu tamanho de um Deus, pousou sobre o local fazendo todo o espaço em sua volta tremer por momentos indeterminados, o impacto faz grandes rachaduras no solo da planície, sentiu a sensação dos pés pisando em solo firme, coisa tal que nunca sentira antes, com dificuldade aprendeu a caminhar pelo espaço, com tropeços e tremores, tudo era novo, e sendo assim observou, notou que nada havia ali ao redor e assim fora à exploração do lugar que agora existia em seu vácuo. Caminhou muito, observando cada detalhe do local, que se tratava de uma planície sólida, limpa, sem nada para ver ou observar, pelo menos ali por onde ele passara até então. Continuou seu caminho na planície, foi quando deparou com um objeto, estático e estranho como já era de se esperar que lhe parecesse, chegou ao objeto e olhou e observou por momentos, era uma espécie de molusco, nunca visto antes nem mesmo para nós, muito menos para ele, o bicho já morto, então ele não o conhecera e o que restava ali era apenas a carapaça algo parecido com um caracol. E ali ficou observando e raciocinando sobre o objeto, sua utilidade, forma, consistência, textura e tudo o que se podia descobrir observando aquilo que encontrara. A felicidade tomara conta de seus pensamentos: “Deve haver mais coisas do que eu e este objeto, há mais por esperar, obrigado esperança!”  
  Caminhou feliz, a vida poderia estar fazendo sentido depois de todo o nada de sempre agora fatos novos ou simplesmente “fatos” para uma vida dentro de um vácuo, partiu continuando sua exploração naquela planície que nunca havia visto antes ou nunca havia passado por ali, não sabia afirmar pois na imensidão do nada, não há parâmetros para saber. Mais à frente, de um lado qualquer daquela planície, havia uma construção rudimentar, uma velha cabana e o Mestre sem nada entender ali chegou e se encantou novamente pela surpresa da matéria sólida existente, fundada e construída a sua frente, deslumbrado pela construção observou cada espaço, cada coluna e para ele a simples cabana era uma obra divina e complexa, desconhecia a utilidade, era tudo a partir de agora uma grande e bela novidade, todos os seus pensamentos foram tomando formas diferentes daqueles momentos para frente. Ele entrou na cabana, observou os cômodos, era tudo feito com muita simplicidade, muito rústica, rudimentar mesmo, feita inteiramente de madeira cujo material era totalmente desconhecido do Mestre como era de se esperar, observava tudo como uma criança, tocava cada parede, cada viga de madeira, sentia cheiros, odores vindos do vegetal que nunca lhe percorrerão as narinas, nunca havia usado os seus sentidos pois nunca necessitara, degustar, cheirar ou tocar em algo, tudo era real e novo para ele. A cabana não possuía móveis nem utensílios de qualquer espécie e ali ele sentira o sentido, o começo da finalidade, um real aconchego de um mundo, de um espaço, de coisas, de vida.
  Saiu da sua nova morada, olhou para fora, viu o horizonte, que nunca imaginara antes existir, bem ali na sua frente, brincando de paisagem, lindo demais, era o fim da planície e o começo do nada,  assim ele saiu para caminhar novamente pelos arredores de sua nova morada, e foi ali que viu que o solo da planície mudava, não era mais lisa como metal ou mesmo um plástico, era cheio de grãos, torrões, que desfaziam na medida em que ele os pisava em sua caminhada, sentiu mais novas sensações de bem estar, conhecia a terra, o verdadeiro chão de um mundo, a mãe da vida estava ali para lhe apoiar em sua nova etapa e começo de vida, sentia o cheiro da terra inundar suas narinas e assim a sensação era de um verdadeiro nascimento e o começo de novas perguntas, questionamentos diversos, sua mente filosófica não parava com a ebulição de idéias e foi assim que avistou um ser, era estático, verde, vivo, brilhante no meio da parte coberta com terra da planície, ainda estava meio longe de seus olhos porém mesmo assim conseguia definir figura, decidiu voltar e descansar: “Volto depois e me apresento ao ser verde.”    
 
***



  O Mestre desperta do sono profundo e sai para sua empreitada a fim de conhecer o “ser verde” que vira antes de seu descanso. Sai da cabana vai ao encontro do “ser” no meio do terreno coberto por terra e lá chegando observa deslumbrado uma verdadeira obra de arte. Tratava-se de um ser verde, não emitia som, não se mexia, ficava parado com várias partes que finas e largas que saiam de outra mais grossa que sustentava todo resto, era uma planta, um belo exemplar de uma planta, viscosa e de proporções de um arbusto. O Mestre notou que ao redor dela estava repleto de pequenas “bolinhas” que caíram dela mesma e que algumas “bolinhas” destas estavam se transformando em pequenos seres verdes como a que ele estava observando. Acariciando as folhas, num gesto brusco de um gigante, arrancou uma das suas folhas e assim assustado, pensando ter machucado a planta ficou observando e analisando a folha, e esperando talvez uma reação por parte da planta, que permaneceu estática, sentiu o cheiro bom que exalava da folha, passou pela boca e mordeu um pedaço dela, e pela primeira vez em sua existência sentia um gosto e assim mastigou a folha e se sentiu bem, gostou do que sentiu, a felicidade era enorme, novas sensações, novos seres, um lar, um chão para se pisar, tudo era realmente esplêndido e novo, o sorriso estampava-se sem querem em seu rosto, agora a vida além de existir, possuía gostos, cheiros, texturas e novos sentimentos.
  Acabou por mastigar mais das folhas daquela única planta e mastigando observava as “bolinhas” que na verdade eram as sementes, percebendo que a planta crescia dali, ele espalhou suas sementes pelo espaço enorme de terra que havia ali e assim, depois de todos os momentos novos de trabalho, foi novamente descansar o corpo que sentia pela primeira vez o peso do esforço, do passo, do arremesso de sementes no campo e o suor que inaugurava em sua pele. Deitou-se na terra e assim cerrou os olhos e quando acordou o terreno estava repleto de arbustos viçosos, já não podia se ver o chão de terra e o horizonte era verde, verde e lindo mais do que nunca.
  Colheu muitas folhas e as comia, comia sua primeira refeição herbívora, verdadeiramente vegetariana e simples, comeu muito pois nunca havia comido, a fome era um sentimento que carregava, porém o desconhecimento não a deixava se percebe e quando se saciou desmontou em sono profundo novamente, dormiu gerações e quando acordou, as folhas secaram, estavam mortas, secas e mortas. Na planície surgiram nuvens enormes, e uma tempestade assombrou o Mestre e a chuva abateu sobre tudo, encharcando cada pedacinho de terra e toda a planície, os trovões surgiram com força e o Mestre correu para a cabana, observando tudo da janela, pensava ser algo querendo lhe dizer alguma coisa. Os pensamentos voltaram como turbilhão em sua mente e as dúvidas emanavam novamente, “O que seriam estes brados?” E foi então que os raios despencavam do céu dentre as nuvens negras que sobrevoavam apenas a planície, os raios tocavam o solo e as folhas secas das plantas e assim um grande explosão se fez e uma enorme fogueira começou por ali, as chamas tomaram conta de grande parte de tudo que o Mestre havia plantado e o fogo queimava tudo com grande violência, o som do fogo criptando no campo invadia seus ouvidos e novamente o som da natureza falava em seus ouvidos.
  A chuva passou rapidamente, restando apenas alguns poucos trovões que ainda assustavam o Mestre, foi então que ele saiu da cabana e dirigiu-se para perto da fogueira, chegando perto o suficiente para ver de perto e pela primeira vez o “fogo”. Seus olhos não se mexiam, não piscava, apenas olhava atentamente ao fogo dançando em labaredas entre os galhos das plantas queimadas, chegou mais perto e pode sentir um bom aroma proveniente da queima das folhas, e chegou mais perto ainda, inalando a fumaça da planta queimada e isso lhe dava uma sensação de bem estar tremenda, chegando fechar os olhos e ver coisas que nunca vira antes e não sabia o que eram. Gostou tanto que correu para a cabana e buscou o velho caramujo gigante que havia achado e guardado em sua cabana. Pegou as plantas ainda em brasa e encheu o espaço vazio do caramujo com elas, e ali tragava a fumaça das plantas queimadas sem parar e assim o silêncio e o nada voltaram precedidos de uma forte luz, e tudo sumiu e havia novamente ele apenas e o vácuo. Abriu os olhos bem abertos e uma luz o alcançou e o envolveu e da luz veio uma voz que dizia: ”Tu és Allah-Bilama, e és o dono de tudo, o Senhor do Esmo dono dos Pensamentos e Ações, tu és Allah-Bilama e de ti vira todo o resto.” E em forma de um relâmpago, a luz entrou dentro de sua mente e iluminou o saber que já havia ali, e por fim ele sabia todas as respostas... “Ele era tudo dentro de um nada, ele é Allah-Bilama.”

***



  Acordou depois de muito tempo, já não tinha o mesmo olhar de menino ignorante, era Senhor do Saber, sabia de seu poder, tinha todos os conhecimentos e ai entendeu o porque de ser o Mestre, e entendeu o porque do exílio e todas as suas questões que lhe afligiam a mente perturbada.
  Sendo assim se pois a colher todas as plantas secas que sobraram, acumulando tudo em uma grande fileira equivalente a vários mundos, seriam milhares de séculos que levou para este trabalho, indo a fileira de plantas secas até o fim da planície, divisa com o abismo do nada e lá ordenou a planta que queimasse vagarosamente, foi até a outra ponta próximo a cabana e acoplou o caramujo no começo da fileira e lá mesmo começou a tragar o gigantesco cigarro da planta seca.
 A Grande Chama Violeta estava de volta, forte e ofuscante, fechou os olhos e tudo começou, viu uma grande explosão, pedaços enormes de matéria viajando em velocidades imensuráveis, pequenas e grandes explosões e um espaço se formando, as estrelas, pequenos planetas, os cosmos todos e assim ele viu o surgimento do universo e das galáxias sem fim. E em sua viajem pelo universo ele olhou para um pequeno planeta e nele quis ver a vida e assim começou a imaginar e construir o planeta onde haveria seres, viu e ordenou que houvesse água e terra em abundância, imaginou e ordenou a existência de vários seres irracionais, seres que se desenvolveriam e viveriam sua vida conforme a sua vontade, à vontade de Allah-Billama. Imaginou, seres que seriam parecidos com ele mesmo, imaginou o planeta antes destes seres viu e quis que surgisse o homem, fez com que fossem inteligentes e livres para viver. Viu e imaginou todas as guerras e riu das burrices dos homens, viu e imaginou sua evolução, ele dominaria todo e qualquer pensamento e atitude e o homem seria apenas objetos de sua vontade, imaginou homens ruins, para testar a força da humanidade, colocou Cristo no mundo e riu de todos até hoje por acreditarem, fez Buda, Maomé e Oxalá e fez com que todos fossem aos seus cultos e matassem por eles. Viu Hitler matar metade de seu planeta e festejou a burrice humana mais uma vez quando seu cigarro estava em menos da metade. Viu e mandou Osama testar o “poder” Americano. Também ajudou muita gente que precisava, deu o conhecimento para muitos médicos descobrirem e tratarem doenças, para dar e dividir com os homens a “Esperança” sua companheira nas horas difíceis que não se fez de difícil em ser amiga dos homens. Deu-nos a solidão para testar a força humana só! Nos deu a alegria para festejarmos a vida que não é justa mais ainda é boa, nos deu momentos de felicidade para reafirmar a crença na vida dentro deste mundo cheio de tantas coisas... cada um de nós é uma viajem de Allah-Bilama, que viaja profundamente nos dando atenção para nossas vidas e assim o fim do cigarro está próximo e aguardamos vossa última tragada, o fim destes tempos, de nossas vidas e o Mestre recomeçar a plantação..

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frio como pedra...

  Chovia e ventava muito, a tarde parecia que não iria acabar bem para qualquer ser humano que estivesse fora de seu lar naqueles dias de começo abrupto de inverno, bom mesmo era estar numa cama quentinha, com uma boa xícara de café com leite bem quente assistindo algum filme imbecil da tv aberta de nosso querido e furtivo país. As árvores dali já estavam parecendo ir passear, como se fossem levantar vôo e seguir um caminho natural guiadas simplesmente pelo vento, o cenário cinza era predominante e as 13:45hs a noite fazia-se de forçada presença naquela paisagem fora de hora.
  Ele pensou:  -Esta frio e venta muito mesmo... acho melhor esperar. Porém tinha compromisso, havia tanta coisa para ser feita, quantas pessoas dependiam dele? Quantas respostas precisava dar, quantos conselhos inadiáveis para pessoas desesperadas que nele depositavam o que lhe restara de esperança. Dentro de sua cabeça as idéias vinham e iam como o vento que dominava o lugar..."Zébrinha não pode ir embora hoje e Carmão teria que esperar o pai chegar de Vila Velha e hospedá-lo no Sertão junto ao seu primo". Tantos compromissos, quanta coisa por fazer, sentia seu coração bater pesado, e os sopros lhe causando taquicardias que o faziam soluçar. Dentro do armazém, tudo tão quente e mediamente confortável, com um copo de conhaque de alcatrão nas mãos tensas, trêmulas e já enrugadas pela umidade e pelo próprio tempo de vida, tempo de uso mesmo. -Quer saber, vou enfrentar a chuva, enfrentarei esse vento e toda as desgraças que ele trás consigo, levo a enchente no peito, nado pelo vento minuano e chego em meu destino e resolvo de uma vez as pendengas dessa vida que tanto estão a me castigar o pensamento. Pensou e agiu.
O homem se armou de oxigênio e bons pensamentos, colocou a esperança em dia e resolveu. Abriu a porta de madeira batida do armazém, levando no rosto um tapa feroz do vento vivo e congelante, os respingos agudos da chuva torrencial ardiam-lhe a pele como esponja na pele bem esfregada e assim se lançou com seu corpo para fora, com o vento quase lhe devolvendo para dentro do armazém, porém em passos insistentes ele caminhou para fora um passo depois do outro.
  Uma mão enfiada dentro do paletó e o outro segurando o chapéu de feltro, os pés já encharcados pelas poças d'água que logo foram se transformando em piscinas e as piscinas e rios e os rios em correntezas arrastando a tudo pela frente, ele andava e com esforço do outro mundo alcançava metros e metros à frente, indo para o mais próximo possível de seu destino; "Não podiam ficar sem mim e sem as minhas soluções", pensava e caminhava, cada vez mais o esforço era sobre-humano para aquelas pernas que já não eram de um vaqueiro, muito menos esportista. Cansou, o rio que se transformara as ruas, forçava para que seu caminho fosse o contrário, seu coração batia descompassado demais, o pulmão que já não era bom, já não tinha força para colher no espaço o ar que necessitava. A barba branca já empapada, quando respirava, sempre vinha muita água junta, por todos os lugares era bombardeado violentamente pelas forças da natureza, a chuva forte já lhe lembravam pedradas, o vento parecia querer lhe arrancar os membros e sobre tudo lhe tirar do poste onde já havia se agarrado para não ser levado pelo rio de lama. O corpo estava mesmo padecendo, a visão que tinha de onde estava não era bonita, muita coisa sendo arrastadas pelas águas, as árvores em grande número já não se agüentaram nos seus devidos lugares, suas raízes cederam e se deixaram levar pelo rio lamacento. Havia um cão cinzento, que ele conhecia, era de seu amigo Reginaldo do Coco, o nome do cão era Cinzento e o Cinzento... rodava no espiral de um redemoinho nas águas que o levou não sei para onde... "Pobre Cinzento... vai saber onde ira parar"; pensou e voltou a se agarrar firme ao poste. O gosto do arrependimento de tantas coisas tomaram sua boca, sobre tudo de deixar o conforto do Armazém... "Seu Frávio bem que me avisou de tal trapaça dos tempos".
  Quando deu por si novamente ainda ouvia os latidos do Cinzento, olhou para direção dos latidos e ainda viu o cão se despedir do mundo, e nesse momento seu corpo todo molhado já não suportava o frio dos ventos, a umidade tomava-lhe o corpo todo, sentia-se como um chache de mate num copo de água gelada, os pensamentos começaram a ficar bem confusos e por instantes achava que estava totalmente bêbado com amigos, abraçado em um poste pronto para regurgitar toda a embriagueis, e quando a consciência lhe tomava novamente o censo, via-se perdido, não havia nada nem ninguém por lá, apenas ele, o som dos trovões, o cantar dos ventos e o silêncio do frio que lhe queria a alma. Fechou seus olhos e não se lembrava mais do porque estar ali e logo já não lembrava o que era aquilo tudo, aqueles barulhos todos e rapidamente não ouvia mais nada, fechou os olhos, agarrado ao poste com o rio forçando suas pernas a sair dali e ali no escuro de seu mundo, silencioso, distante de tudo ficou, alheio, obstinadamente só e incorrupto ali naquele poste.
  Já era quinta feira e a chuva e toda sua desgraceira foi-se. O sol envergonhado chegou e vagarosamente as ruas foram secando e dando desenho de novo ao todo. O lixo e cheiro ruim que já era de se esperar de um dia após um dilúvio já se instaurara no ar do Sertão e todos lentamente começaram a dar as caras. Feliciano o menino de Deodete correu todo corado e agradecido pelo sol que trazia liberdade das brincadeiras de rua novamente, correu, correu, juntamente com Cipó seu cacharro vira-lata que gostava de roubar qualquer pedaço de tira-gosto que lhe marcasse de frente a cara. A fumaça devida à evaporação das águas ainda subia naquela manhã e Feliciano corria batendo uma bola de borracha bem antiga e já furada e murcha por ali. Passa pelo Armazém e cumprimenta o Seo Frávio que ali estava alisando o gato como todo o tempo que o vira por lá... "Tarde seo Frávio!"; "Tarde Feliciano!" respondeu o velho, atirando um biscoito ou coisa que o valha para Cipó, e dali seguiram caminhada virando a esquina, Feliciano olha meio desacreditado e vê um espectro agarrado ao poste, chega perto e vê o homem ali agarrado, encharcado e com olhos assustadoramente brancos... calmamente voltaram ao Armazém ele e Cipó, avisaram seo Frávio e então uma pequena multidão se juntou ao poste e ao seu novo adorno, todos olhavam e admiravam, era difícil por ali defunto na rua, todo mundo morria na cama, era rara a ocasião e por isso o leve tumulto. 
  As mães chegaram já pegando cada filho pela respectiva orelha e assim os arrastando rua a fora..."Vamo moleque tá doido é? Não é bom ficar vendo defunto na rua não!" Os homens ficavam discutindo o que lhe teria ocorrido, Seo Frávio falando que teria avisado ao falecido sobre o temporal e seus perigos de morte. Chegaram assim os mais convictos enfermeiros e bombeiros do sertão, entendidos do assunto, e trataram de retirar o homem que no poste jazia, suas mãos fixadas uma na outra com os dedos trançados e as pernas abraçando também o poste, o homem estava duro como pedra, gelado como se posse a fazer gelo mesmo, com uma força abrupta e exagerada lhe arrancaram dali, jogado ao chão o homem continuava na mesma posição, morto, duro e gelado. Já não daria mais para aconselhar ninguém, Zébrinha já deve ter ido embora e ele não impediria, Carmão não deve ter esperado o pai chegar e a vida atrapalhada pela sua ausência permaneceria ininterrupta, inabalável, a única coisa que mudaria era o seu estado, que agora é sólido como pedra, sem vida como pedra, como se ele tivesse se transformado no poste que agarrara a noite toda. As pessoas, continuaram suas vidas e ele já não mais, tudo está normal ou não, pois já não importa mais, ele jaz aqui no poste e logo é piada.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dos valores da Família...


 
  Bem, esta na foto é minha família materna, e vendo essa foto penso que nunca vi meus avós maternos, pois faleceram cedo, ou eu nasci tarde e isto para mim é motivo de grande frustração, pois todos os meus primos e irmãos mais velhos falam sempre muito bem deles apesar da cara nada gente boa do meu avô no centro da foto...hehehe. Ele no comando de seus 9 filhos que ai estão, juntamente com os agregados, era um genuíno patriarca e comandava tudo com mão de ferro, naquele tempo o mundo devia ser bem diferente, a inocência podia reinar à vontade, graças ao trabalho de gente muito séria como o meu avô. Não se desrespeitava as regras, pois a punição era severa, não tinha meia conversa, não rolava meio homem, meio ser humano, as pessoas eram formadas para serem fortes, e não essa vergonha que temos nos dias de hoje. Todos comiam da mesma comida, se não fosse alérgico, ninguém comia outra coisa, que não a que havia ali na panela. Homens eram homens, mulheres de respeito, educadas e femininas, pois a educação de minha avó também era de grande valia, tinha a doçura de mãe, e o talento de uma verdadeira mentora para as mulheres daquela casa.
  Com toda a austeridade encontrada nesta família, não encontro uma só pessoa para se lamentar ou falar mal de meus avós, pois na verdade somos todos gratos por tudo que nos foi herdado, tudo que nos foi passado como a mais rica das heranças. Hoje vejo a minha família e penso que ela teria sim, orgulho de tudo que está ai, somos pessoas honestas, que trabalham, que pensam sempre em fazer o bem, temos os nossos defeitos, mas estamos ai... vivos e é isso que importa no fim das contas não é?
  Às vezes eu penso que a família esta se degenerando e acabando, porém penso que na verdade, ela está mudando, penso que o que pode acontecer é a família se tornar mãe e filhos, mãe e filhos sempre, pois está muito complicado de se manter uma relação duradoura nos dias de hoje, dias em que o dinheiro sempre domina as situações em qualquer lugar. O amor parece que tem prazo para acabar, acaba quando vence o aluguel, acaba quando se acabam as compras, acabam quando a falta de dinheiro trás uma rotina que na maioria das vezes nem é permanente. As pessoas não possuem mais paciência com o próximo e estão se esquecendo de querer escrever uma história bacana para contar aos seus netos, uma história de luta, de superação e de companheirismo. 
  Um grande problema, é que tudo está muito fácil, arrumar companhia momentânea, uma noite de sexo, até amigo de bar temporários, tudo se encontra muitas vezes em um clic, então porque ficaria com uma pessoa que está me dando dor de cabeça? Se eu posso me conectar e fazer um download de uma pessoa nova pra mim em segundos.
Porém se a gente fizer uma força e retroceder um pouco e esquecer só por um instante dos fatos das facilidades modernas, e pensarmos na alegria que é ainda possuirmos irmãos, primos, tios, pessoas que ainda convivem e se respeitam e assim darmos uma chance para que senão nós, os nossos filhos ainda tenham uma família completa, que lhes dê educação, um lar bacana, com todos os defeitos e brigas do mundo, porém um lar, que no final das contas, é o que vai contar em nossa vida... aquela mão que vai segurar seu caixão, aquele seu irmão que você vive tretando, a sua mãe que te fez ou faz passar vergonha na frente dos amiguinhos, porém é essa gente que se importa com você, à gente vai vivendo, vivendo e na verdade, é essa gente que se importa de verdade com você e a grande maioria do resto é com toda certeza uma balela enorme.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Show do Nile - Santana Hall - São Paulo - SP

















  Dia 18 de março (ontem) no Santana Hall em Santana obviamente, se apresentou a banda Nile. Originários da Carolina do Sul nos Estados Unidos, está foi sua primeira apresentação aqui em terras Tupiniquins, com a sua turne "Those Whon The Gods Detest", e agradou muito assistir a uma banda que na verdade me lembrou bastante o Doom Metal das antigas, e sobre tudo Paradise Lost, sem querer rotular é claro, eles não são só isso. Já tocaram com muitos dos grandes nomes do circuito do Death Metal tradicional, como Morbid Angel, Incantation, Cannibal Corpse, Obituary, Broken Hope entre outras.
Com a presença de várias "celebridades" do mundo underground, foi muito bacana como sempre, apesar de não ser um show de Death Metal tradicional, como as rodas de "death" no meio causando o maior tumulto, mas sim foi um show bem comportado por parte dos espectadores.
A discografia da banda começa em 1998 com o disco, Amongst the Catacombs of Nephren-Ka e segue com os discos no total de 6, Black Seeds of Vengeance (2000), In Their Darkened Shrines (2002), Annihilation of the Wicked (2005), Ithyphallic (2007), Those Whom The Gods Detest (2009) A formação da banda:
Karl Sanders – vocal, guitarra, baixo, teclado
Dallas Toler-Wade – baixo, guitarra, vocal
George Kollias – bateria, percussão
Chris Lollis – baixo, vocal
 Quem se interessar pode acessar o Myspace da banda Americana no link:
http://www.myspace.com/nilecatacombs

segunda-feira, 15 de março de 2010

Da Prisão Perpétua e Pena de Morte.


 
Que bom seria se estas pessoas penduradas ai nesta foto, fossem as pessoas que roubam diariamente o dinheiro do povo brasileiro, que bom seria se o fato de você obter a fé e conseqüentemente o voto das pessoas de um país, com tantas pessoas bacanas como o Brasil, fosse um cargo realmente de responsabilidade e sobre tudo confiança, confiança que depositamos na hora de votar, confiança que em grande maioria dos casos é tostada pela vergonha de termos votado em pessoas que nos apunhalam pelas costas diariamente com seus golpes impensáveis.
  É duro colocar-me no lugar de quem votou por exemplo no Governador Arruda do Distrito Federal, é duro imaginar... A pessoa confia, coloca seu voto sagrado em uma urna, e depois somos obrigados a ver políticos em que se depositou confiança, na TV recebendo dinheiro ilegal, para alimentar coisas ilegais. Mais duro ainda é pensar na certeza que eles têm, e na certeza que eu tenho, que ele  e todos eles sempre vão sair da cadeia, e nós brasileiros, sempre terminamos com essa cara de bunda, envergonhados porque ainda há gente nos roubando todos os dias como o próprio governador do DF.
  É, para mim, a pena de morte deveria ser aplicada, apenas para políticos corruptos, que denigrem a imagem do nosso país, que envergonham e desonram as pessoas que neles depositaram seus votos, votos de confiança, de esperança, pessoas que pagam seus impostos que já são exorbitantes (Brasil o país dos impostos), impostos que esmagam os trabalhadores deste país, que não nos deixam crescer como pessoas e possuir a tão sonhada dignidade pessoal.
E é muito sério quando digo que isso me revolta, revolta muito mesmo, não gosto de ser roubado, não gosto de perder R$10,00 na rua, imagine ser roubado em muitas vezes mais de 50% de meu salário, pelo país que deveria cuidar de mim, pelo país que deveria me dar um hospital para quando precisasse, por um país que deveria promover minha segurança, e ao contrario disso, sou roubado todos os meses incessantemente, pago imposto para comprar um carro, pago porque comprei um carro, pago porque já faz um ano que tenho o carro, pago para andar com o carro, pago para usar uma estrada com esse carro e isso tudo é só o começo de uma grande revolta interna que ocorre em mim e queria que ocorresse com todos vocês, que tivéssemos mais coragem quando acordássemos amanhã cedo, para por a cara na rua gritando contra os impostos, pois a meu ver, em nosso Brasil de hoje esses pagamentos sustentam apenas mais corrupção. Morra na cadeia corruptos, pena de morte para vocês, quero ver ainda vocês gritarem de arrependimento, pois um dia o Brasil acorda de seu berço esplendido e mata vocês... o povo não está morto, apenas dormindo.



quinta-feira, 11 de março de 2010

Socorro e suas figuras...

Socorro... ou Capela do Socorro é uma grande Circunscrição de terra que vai do fim de Santo Amaro até o fim de São Paulo, isso quer dizer, depois do fim de Parelheiros, depois do Cipó até virar Boracéia no Litoral Sul Paulista. Trabalho no Largo do Socorro ou para os mais íntimos Help Square! Aqui encontramos de tudo que se possa imaginar, temos os bares mais baratos de São Paulo com o Litro de cerveja a R$ 2,69 hambúrgueres de R$ 1,99 pirataria de todas as espécies possíveis, sorvete que é igual do Mac'Donalds mas tem gosto do Bob's com a casquinha que é feita pelo "carinha que mora logo ali". DVD então nem se fala, aqui você encontra todos os títulos, têm até os que não foram filmados ainda é tipo uma coisa paranormal dos camelôs daqui do bairro.
Agora as mulheres do Socorro são um capítulo à parte, passando entre as bancas de camelôs que gentilmente nos deixam um vão de 30 cm para a gente passar, elas desfilam com todo o seu charme... e me deixam realmente intrigado se elas realmente acham certo tipo de coisas legais, tais como: perfumes que não se consegue saber qual é a essência, se é de alguma fruta que desconheço ou de mineral extraterrestre, suas roupas parecem sair de um túnel do tempo, onde elas foram buscar aquela mini-blusa "pink" com aquela calça jeans manchada de "cândida", deixando a barriguinha à mostra com aquele PEQUENOOO piercing no umbigo. Enfim, é uma beleza descer a escadaria do meu escritório e me deparar com esse mundo, de unhas dos pés compridas, quase arranhando o chão, pintadas de roxo ou sei lá o nome dessa porra de cor que ainda por cima é cintilante... lógico... você acha?
Estava eu sentadão, tomando meu litrão de breja como sempre no meu happy-hour, no "Gigas Bar" (pelo menos é esse o nome que vem no meu cartão) quando derepente me aparece essa figura (foto acima), gente como que pode? Ela não conseguia falar o que queria!!! Eu não consegui saber o nome dela, eu só apelidei de "Namorada do Daniel" (meu primo que estava comigo no boteco). Ai tirei algumas fotos dela e paguei à ela R$ 1,50 pela "modelagem"... e depois ela me disse com uma facilidade incrível de uma criança tagarela... Valeu meeerrrrmão!!! Eu adoro esse Socorro.

terça-feira, 9 de março de 2010

Todo mundo tem sua Teoria da Conspiração a minha me dá dor de cabeça e muita gripe!

To morrendo de calor de me ver nessa foto!... 

Não sei se sou doente, retardado, ou mesmo um recalcado, porém da minha cabeça nunca sai a idéia de que vivemos num mundo regido dentro de um núcleo de conspirações, às vezes me confundo tanto que não sei mais se realmente Deus ou o diabo existem, se os Estados Unidos é um país de gente boa ou dou razão ao Bin Laden e entro para "Al qaeda", ou seriam ambos grandessíssimos filhos da puta! Tenho medo de assistir a Rede Globo de Televisão e ajudar o meu país a ficar mais burro, tenho horror a ver a Record e ter um "bispo" corrupto cada vez mais rico, o mundo já acabou e a gente nem ficou sabendo... vocês estão vendo? Eu estou com sérios problemas em relação a isso. Pensar nos juros que pagamos até hoje é invenção dos Rockfellers da Puta... isso tudo é demais para uma cabeça como a minha.
Meus pais me ensinaram os 10 mandamentos cristãos, e com isso me tornei um católico fervoroso, até seminarista franciscano cheguei a ser (por incressa que parível) por anos... ai você conhece as verdades, que podem ser mentiras, e ai você já não sabe de mais nada em relação a nada, pensa que Madalena não era uma prostituta e sim mulher de um "suposto ou não" Jesus Cristo, sim meus caros amigos eu tenho um verdadeiro nó na minha cabeça e minha religião e crença hoje em dia é a IGONÂNCIA, pois até Deus perdoa os ignorantes, eu tenho que assumir que nada sei, não tenho certeza de nada, sou o São Tomé (se é que ele existiu mesmo e não foi invenção dos Rockfellers também) do século 21.
Política, religião, tv, a grande parte da mídia, para mim fazem parte de uma grande conspiração que realmente não sei o intuito (sou ignorante lembram?) de tudo isso... alguém tem um limão e um dente de alho pra essa gripe?
Segue um video ilustrativo da minha tese para quem tiver paciência e para quem já não o conhece...
http://video.google.com/videoplay?docid=-1437724226641382024


segunda-feira, 8 de março de 2010

Saudades da minha terra com orgulho e tristesa pela nova.

Tenho uma saudade imensa da minha terrinha, Ubatuba sempre foi e sempre será meu lugar, o lugar onde não conheço o anonimato, onde tenho que andar entre assobios e comprimentos dos mais variados, certo que a grande maioria nunca é com a gentileza imaginada por muitos quando se pensa em interior, parece que o caiçara é realmente um outro tipo de caipira. A rudeza sempre impera e quando não se é rude, "fulano" vai desconfiar de sua masculinidade com certeza. O pior é o comprimento físico, que vai de croques doidos à chutes no tornozelos para que o outro tropeçe e caia de cara no chão... um simples aperto de mãos é para os inimigos, "Firmeza, te espero lá fora!" ...é eu amo minha cidade.
A minha preocupação com Ubatuba está de uma maneira tão intensificada que chego a me sentir de certa forma egoista, porém não é culpa minha, já não quero mais divulgar os lugares, pois é inacreditável que certos lugares que eram verdadeiros paraísos desertos, agora já não se pode pisar na areia da praia, muito menos estacionar um carro. A parte engraçada de tudo isso é lembrar de minha mãe preocupada me dizendo que tinha que ir para São Paulo, ou para outro lugar, arrumar um emprego, trabalhar de verdade (coisa que em Ubatuba parece até uma lenda do seu Filinho) e ai sim poderia vir à Ubatuba e me divertir, ter meu carro, minha casa, minhas coisas enfim... Bem, morei em Ubatuba quase que a vida inteira e fui um dos últimos de meus amigos a deixa-la. Sempre fui a pé para as praias, quando eram longe iamos de ônibus, nunca tive problemas quanto a isso, pois é minha mãe, agora não tem praia que consiga chegar com meu carro, muito menos estaciona-lo, isso sem contar que no lugar que você frequenta desde que nasceu as pessoas não te conhecem, nem os garçons dos quiosques que supostamente deveriam ser locais... não, não são. Tudo isso é muito triste pois a gente acaba se sentindo um país sendo invadido por outro, um bando de gente que na grande maioria esta lá consumindo... consumindo... e mais nada, tudo muito bom se o consumo não gerasse lixo, não gerasse embriaguês e suas mazelas ou coisa que o valha.
Por essas e outras quando me perguntam sobre minhas fotos do orkut, onde fica esse lugar??? Que maravilha!!! Juro que todos vão receber meu silêncio, eu pelo menos vou fazer minha parte de não entregar aos invasores o meu pequeno muito, e vou continuar na minha deliciosa vidinha egoista. Como diria um grande amigo..."Não venham aqui!!!"

Well... agora estou em São Paulo, capital, muita grana, muito barulho, tudo acontece muito rápido e ninguém está parado, tudo inverso do meu universo, passei por um verdadeiro recomeço para me adaptar a essa nova situação geografica, com outro clima, outras perspectivas de vida. Tudo muito muito muito mesmo... agora adotei São Paulo e amo esse lugar.
O que me agrada aqui são diversas formas de trabalho possíveis, também o fato de não ter nenhum amigo vagabundo por aqui... absolutamente todos trabalham aqui, desempregado em São Paulo acho que está no cemitério.
Como em Ubatuba o que me entristesse aqui é a degradação do meio ambiente na frente de todos e poucos fazer algo por isso e no caso esse blog vai ser para dar uma mãozinha a estes poucos que lutam pela limpeza, pelas árvores, pelo cheiro de mato, cheiro de chuva e não de rios entregues a lixo e esgoto industriais ou não. Fico realmente revoltado com gente que nos dias de hoje, onde nos encontramos com sérias dúvidas sobre a durabilidade da vida em nosso planeta, sobre tudo por nossa própria culpa, jogando lixo na rua, nas avenidas, nas beiras das marginais e juro que penso ter que ser preso um carro que esteja disrregulado juntamente com seu proprietário. Isso me entristesse muito mesmo, arrebenta comigo pensar que uma pessoa que se julga da mesma raça que eu, fazer uma coisa que vai matar lá na frente um provável neto meu.
Nunca fui de vir para São Paulo antes de morar aqui, não é a toa que já cheguei me perdendo, e o que mais me assustava e continua assustando, é que as pessoas admitem viver do lado de 2 rios podres, com empresas que tenho certeza continuam jogando seus detritos tóxicos neles, pessoas convivem tranquilas com o cheiro de putrefação, almoçam com o "aroma" se misturando com o odor podre do Pinheiros ou Tietê nas suas narinas... e o pior vocês nem imaginam... os governantes se reelegem, os impostos são injustos...e vocês uns otários!!!
O que me dá vontade de explodir de verdade... é pensar no imposto que se paga, para nós respirarmos a merda das grandes industrias. Um mês de imposto recolhido pelo governo estadual e munícipal, dava para se fazer muito, mas muito mais do que se imagina, um rio ser limpo? Isso é balela...é bom pra gripe!!!

E sejam todos bem vindos à este panfleto!

Já fazia muito tempo que eu tinha este blog, que na verdade era um lixo virtual, pois nunca havia escrito nada nele, ou mesmo entrado nele para formata-lo ou até mesmo saber porque ele existia. No começo pensei em escrever e postar fotos de imóveis que tenho a venda já que sou corretor, o título era até o nome da minha imobiliária. Porém hoje, segunda feira, triste da vida aqui no trampo e com uma baita gripe, fui pesquisar no google o que era "bom pra gripe". E realmente não sei porque, me veio o blog na mente... o título e tudo mais.
Sim, é uma experiencia que já deveria ter sido feita há anos atras, desde 2007 quando me inscrevi com o meu blog até então inutilizado.Espero então ter uma nova experiência de relatar os fatos, de poder testar meu sentimento arrependido de não ter prestado jornalismo, de não ter me tornado um standup comedy ou de não ter sido ou escolhido outra carreira senão a minha.
Ter um blog na minha concepção pode ser a forma de relatar as coisas boas que passamos no dia-a-dia, podemos expressar o que ninguém quer saber ou ao menos não possui o tempo para nos ouvir, a internet está forçando este acontecimento na minha humilde opinião, está forçando as pessoas a ouvirem mais as outras, pois a tendência é sempre falarmos pelo cotovelo (sem trocadilhos Letícia).
De agora em diante, esse vai ser um pouco da minha voz, uma partícula de troca de idéias com quem tiver a paciência de ler e tesão em comentar. Bem vindos ao "Bom pra Gripe!!!"