quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pecado Paulistano


Saí em um sábado de sol, um dia lindo de verdade, passei no posto de gasolina abasteci o carro, peguei minha namorada e fomos à um restaurante Japonês, pedimos rodízio completo de sushi, comemos, bebemos, conversamos, rimos e tudo normal, pedi uma repetição do sashimi (peixe-cru) e quando chega o peixe e não é o primeiro restaurante que observo que sempre na repetição, eles já não  apresentam o prato com a mesma aparência e carinho que servem no primeiro, o peixe já apresenta um aspecto bem “morto” mesmo! E com nervos e coisas assim, tudo bem, estou com minha namorada para me distrair de uma semana infernal de trabalho, transito, poluição de caminhões que nem de longe fizeram a “inspeção veicular” e sendo assim não vou me estressar certo?
Saio do restaurante, e vou até a loja onde já comprei um som para o carro, lá pego um papel que segundo a loja, tenho 50% de desconto na instalação. Chegando ao local, eles dizem que meu carro não possui algumas peças “super necessárias” á instalação do som, foi simplesmente a instalação de som mais cara da minha vida sendo que outro dia fui a um outro lugar tirar o som para vender o carro, e o técnico falou que só havia os fios e o som, não havia nada que os caras haviam dito que instalaram, mas... Tudo bem, não vou me estressar certo?
Naquele mesmo dia quando sai da tal loja que instalou o som, olho no marcador do nível da gasolina e cadê a gasolina? Acabou! Pois com certeza aquela gasolina era álcool! Tive que colocar mais gasolina e muito puto da vida, ir para casa. Estou realmente ficando puto!
Bem como era aniversário de namoro, eu e minha namorada resolvemos ir dormir em um motel para variar um pouco, era sábado como já disse e o único motel possível era um do lado de onde caiu o avião da TAM no Campo Belo debaixo da cabeceira do aeroporto de Congonhas, paguei um absurdo, pois sabiam que não havia vagas em lugar nenhum (rodei quase SP toda) e entramos. Eram cinco e meia da manhã quando o quarto começou a tremer, caiu uma taça no chão. Era um “Boeing sei lá o que” há vinte metros da minha cabeça, passando sobre nós. Legal, ótimo, excelente! Vamos embora, fomos para casa e de volta à rotina, domingo chegou.

Domingo chegou e fomos almoçar numa churrascaria, onde havia uma placa com os dizeres: “Almoço R$17,50, menos aos fins de semana e feriados”. Bem, era domingo, porém o que vocês pensariam em relação ao custo do almoço de domingo? Eu pensei no máximo em trinta reais ou algo por ai, poxa pensei quase ou no dobro, não é o bastante? O preço era R$ 70,00 a cabeça por um atendimento de almoço de “PF”.
Na segunda-feira só me restou me olhar no espelho e pensar de como era bom este fator na minha cidade, como era bom poder levar o carro no meu mecânico que ia ao ensaio da minha banda ou o outro que até tocava comigo, almoçar nos restaurantes onde todos te chamam pelo nome, lugares que já sabem até o que você gosta de comer e onde fica sua mesa preferida, ir à prefeitura e ter uma legião de amigos que mesmo ocupados lhe atendem com sorrisos no rosto, pois vão mais tarde para o happyhour com você. Isso meus amigos não tem preço mesmo. Lógico que há os maus comerciantes e maus funcionários em qualquer lugar e em qualquer tipo de empresa ou entidade pública ou privada, mas é bem melhor você poder confiar no que está comprando, comendo, bebendo e sobre tudo confiar nas pessoas.
Este tipo de pensamento e atitudes, que ocorrem sobretudo nas grandes cidades, arruinam uma relação que as pessoas que assim agem, não imaginam quão benéfico seria para seus comércios e para suas almas, pois dinheiro ganho desta forma eu sei onde vai parar e a felicidade não pode nascer ali.

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